Cássia Kiss é uma atriz completa: já teve atuações brilhantes na TV, no cinema e no teatro. Com a Mariana de Paraíso, não poderia ser diferente. A partir do texto de Benedito Ruy Barbosa e de seu talento como uma boa observadora, Cássia criou uma perfeita beata, que crê em Deus, mas não acredita no amor... Em entrevista exclusiva ao site, a atriz fala sobre sua personagem!Inspiração
“Eu conto com os meus mais de 30 anos de carreira e aí entra toda minha experiência de atriz. Eu preciso contar com um exercício do ator que é permanente: o da observação. Todo ator tem que ser extremamente bem informado, ler tudo, observar tudo, prestar atenção. O laboratório básico do ator é exatamente ter as informações na cabeça e começa a modelar a personagem e, junto com o diretor, ir sugerindo como vai ser. E, de repente, a personagem está existindo! Você dá vida a aquilo que você tinha na sua cabeça.”
Longas madeixas
“Para compor Mariana é necessário colocar uma peruca com um cabelo enorme e isso exige um tempo. E no final da gravação, normalmente as atrizes retiram a peruca com álcool! Eu não tenho paciência, na última cena já saio arrancando a peruca... Às vezes machuca (risos).”
Conselho para Mariana
“Não é bem um conselho, mas o mundo está tomado por uma quantidade de pessoas como ela, que são fanáticas, que tem uma visão curta das coisas, que não expande os horizontes... A liberdade do ser humano é o conhecimento, a visão, enxergar o mundo. O objetivo de cada um é enxergar a sua volta, é ver o outro. Partilhar, compartilhar... E essa mulher esta longe disso, e eu não estou falando do universo das beatas, estou falando das pessoas que agem desse modo e que não percebem que têm essa atitude doentia, acham que estão sempre certas em suas avaliações e conclusões."
Final ideal para a personagem
“Vamos dar felicidade para essa mulher? Que tal colocá-la em um convento? Esse é o lugar dela! Ela está completamente equivocada sobre o que é mundo divino, o universo de Deus. O convento não é uma prisão, pelo contrário, lá eu acredito que é possível que ela consiga se libertar desse mundo pequeno e medíocre em que vive.”
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