
As sirenes soaram de um jeito estranho naquela quinta-feira em Hollywood. Da mansão em Beverly Hills, saiu um gênio da música em direção ao hospital.
Foi uma avalanche de rumores pela tevê e pela internet, até que não restou mais dúvida: Michael Jackson morreu de parada cardíaca às 14h26 do dia 25 de julho.
O primeiro a falar em público foi o irmão, Jermaine, que se tornaria o porta-voz da tristeza. No mundo inteiro, os fãs saíram de casa procurando lugares simbólicos pra dizer adeus.
Em Los Angeles, homenagens na casa onde ele morava, na casa da família… E uma enorme fila pra ver a estrela de Michael Jackson na calçada da fama. Em Nova York, um teatro lotado pra ele. Os fãs cantavam, choravam e a polícia investigava.
Os policiais vasculharam e rebocaram o carro do médico, Conrad Murray, que estava na casa de Michael na hora em que o coração dele parou. E apareceu uma gravação telefônica mostrando a tensão de quem tinha Michael Jackson quase morto nas mão e não sabia o que fazer.
O pai de Michael deu uma entrevista coletiva e começou falando da gravadora que acabava de lançar. Depois, sim, avisou que a despedida do filho seria um grande acontecimento. E garantiu: não seria no rancho Neverland.
No dia seguinte, a polícia informou e o sócio de Michael Jackson confirmou: o corpo seria levado em carreata pra Neverland - o rancho de Michael a duas horas de Los Angeles.
A imprensa, a polícia e muitos caminhões tornavam real o velório fictício. Dias depois, a família anunciaria a cerimônia num ginásio em Los Angeles.
Rumores ou era maldade? Davam conta de que Michael Jackson estava mal de saúde na véspera da morte. Mas a imagem não engana: e vídeos gravados dias antes mostraram um artista em plena ação: talvez magro, mas em forma.
E os depoimentos iam no mesmo sentido: Michael estaria radiante com o novo espetáculo.
A polícia descobriu que Michael Jackson usava nomes falsos pra comprar medicamentos. E passou a investigar cinco médicos que o teriam ajudado a comprar analgésicos. A investigação continua.
Os fãs lembraram que ele próprio tinha feito uma música chamada morfina, falando de um remédio, um tal de "Demerol".
Ontem de manhã, polícia, imprensa e fãs ocuparam os gramados na porta do cemitério Forest Lawn. À noite, irmãos de Michael foram vistos entrando no cemitério. Mais um mistério.
Fitinha no pulso, convite na mão. Dezessete mil pessoas foram sorteadas pra assistir à homenagem desta terça-feira.
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