quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lista: No dia da alfabetização, confira os personagens que não sabiam ler

Saber ler e escrever é um direito de todos, mas nem sempre isso é levado tão a sério. A importância da alfabetização está entre os vários temas e problemas sociais já abordados pelas telenovelas da Rede Globo. Inúmeros personagens, muitas vezes ingênuos, como o saudoso Sassá Mutema (Lima Duarte), cativaram os telespectadores com seu jeito simples de ser e agir. Neste dia 8 de setembro, em que comemora-se o dia Mundial da Alfabetização, aproveite para relembrar algumas dessas figuras da ficção que invadiram a telinha.

Antônia (Luiza Valdetaro) - Cordel Encantado (2011)

Sempre presa dentro de casa, Antônia (Luiza Valdetaro) cresceu sem conhecer o mundo, ao contrário do irmão, Timóteo Cabral (Bruno Gagliasso), um tirano que se proclama Rei de Serafia. O pai não permitiu que a jovem aprendesse a ler, nem escrever. Antônia sofre por isso, mas sua vida começa a mudar quando, após confessar ser analfabeta, o delegado Batoré se propõe a ser seu professor.

O contato com os livros muda a maneira de Antônia ver a própria vida. Casada com o delegado Batoré (Osmar Prado), mas apaixonada pelo infante Dom Inácio (Mauricio Destri), Antônia se cansa da covardia do marido e unindo toda sua determinação, há muito adormecida, finalmente resolve viver a vida de acordo com a sua vontade.

Leal (Antonio Fagundes) – Tempos Modernos (2010)

O famoso empresário Leal Cordeiro (Antonio Fagundes), de origem humilde, sempre trabalhou no ramo da construção civil e se tornou bem sucedido. Passou a administrar o edifício Titã, o maior do Brasil. Por trás do sucesso, um segredo guardado a sete chaves e compartilhado com pouquíssimas pessoas: Leal não sabe ler, nem escrever.

Por orgulho e vergonha das filhas, o empresário nunca admitiu que tinha dificuldades para aprender a ler e que mal sabia assinar seu nome. Elas não podiam sequer imaginar que um homem como ele pudesse ser analfabeto. Afinal, ele era o Rei do Titã!

Após tentar diversas vezes, o empresário já não pensava mais em aprender. Mas, apesar do bordão que sempre diz, "palavra de rei não volta atrás", Iolanda (Malu Galli), que até então trabalhava como a babá das netas de Leal, o convence de que ele pode ter dislexia, uma doença que dificulta seu aprendizado, mas não o impossibilita. A partir disso, ela passa a dar aulas a ele secretamente, enquanto o amor começa a nascer entre os dois.

Terê (David Lucas) – Alma Gêmea (2005/06)

Pobre e sem família, Terê (David Lucas) é um menino de rua esperto e cativante, que vivia pelas calçadas de São Paulo com seu fiel escudeiro, o vira-lata Joli. Sua vida muda completamente ao conhecer a índia Serena (Priscila Fantin), que vai até a cidade em busca da rosa branca que sempre aparecia em seus sonhos. Juntos, eles partem para Roseiral.

É Serena quem se responsabiliza pela educação do menino, que aprende a ler e escrever com o velho Elias (Umberto Magnani), um vizinho da pensão onde moram. Ele lhe dá seu primeiro caderno e o ensina o prazer da leitura. O amor pelo universo dos livros o faz ser um escritor e no final da trama, quinze anos depois, o menino, antes analfabeto, lança seu primeiro livro, contando a história de amor entre Rafael (Eduardo Moscovis) e Serena, duas almas gêmeas.

Vicente (Pedro Paulo Rangel) – Sabor da Paixão (2002/03)

A novela, de Ana Maria Moretzsohn, abordou o analfabetismo adulto com o personagem Vicente, vivido pelo ator Pedro Paulo Rangel. O garçom do Flor do Douro, na Lapa, boa gente toda vida, não sabia ler nem escrever. É Cecília (Cássia Kiss Magro), uma das proprietárias do bar, quem decide alfabetizá-lo. Durante as aulas, nasce uma forte história de amor entre os dois, que terminam a novela juntos, esperando um filho.

Donana (Bete Mendes) – O Rei do Gado (1996/97)

Sabedoria é o que não falta a Donana (Bete Mendes), esposa de Zé do Araguaia (Stênio Garcia). Dona de casa, Donana não tem medo do trabalho pesado na fazenda de Bruno Mezenga (Antônio Fagundes). Donana podia até não saber ler, já que é uma mulher semi-analfabeta, mas o que não falta a ela é sabedoria, conquistada pelos anos já vividos.

Sua falta de instrução não a impede de dar bons conselhos ao patrão, muito menos de dizer o que pensa, mesmo que isso o desagrade. Ao conhecer Luana (Patrícia Pillar), uma sem-terra recém chegada, logo se aproxima e passa a considerá-la como a filha que nunca teve. Ela é uma das primeiras a apoiar o romance entre ela e Bruno Mezenga.

Sassá Mutema (Lima Duarte) – O Salvador da Pátria (1989)

Tímido e ingênuo, Sassá Mutema (Lima Duarte) nunca tinha dado muita importância para o fato de não saber ler nem escrever. Mas a chegada da professora Clotilde (Maitê Proença) mudou completamente sua vida. Sassá tinha dificuldade com as palavras, mas era dono de uma simplicidade cativante e imensa força de vontade nas aulas que passou a ter para se alfabetizar.

A princípio facilmente manipulável, o boia-fria podia contar mesmo com a ajuda da professora, com quem aprende também a amar, passando por cima de todos os preconceitos sociais.

O apelido era uma junção do nome de batismo, Salvador, com o local onde havia nascido, a fazenda da Mutema, em Minas Gerais. Sassá Mutema, como era então conhecido, vivia da colheita da laranja. Após ter sua inocência provada no assassinato da esposa, com quem teve um casamento arranjado, Sassá se torna tão popular na região que todos os políticos enxergam nele uma forma fácil de conquistar seus interesses. O que eles não esperavam era que Sassá viraria o jogo após as eleições e governaria sozinho.

Gabriela (Sônia Braga) – Gabriela (1975)

Orfã e levando uma vida difícil com o tio, Gabriela (Sônia Braga) se vê obrigada a dedicar parte da sua juventude ao trabalho na roça, negligenciando os estudos. Assolados pela seca, a menina, sensual e cheia de vida, se muda para Ilhéus, no interior da Bahia, onde passa a trabalhar como cozinheira na casa de Nacib (Armando Bógus), com quem viria a se casar.

Gabriela era ingênua, livre e gostava de brincar na rua com as crianças da cidade, não sabia ler nem escrever, e não percebia o desejo que despertava nos homens da cidade, deixando Nacib furioso. A novela de Walter Durst teve uma super produção e conquistou altos índices de audiência no horário das 22h.

Zeca Diabo (Lima Duarte) – O Bem-Amado (1973)

Como não lembrar do impulsivo e ingênuo Tranquilino (Lima Duarte), conhecido como Zeca Diabo, o matador mais famoso de Sucupira? Acima de tudo um bom filho e um homem carinhoso, Tranquilino torna-se um assassino por força do destino, após ser condenado por um crime que não havia cometido.

Seus impulsos generosos e boa criação o fazem matar apenas aqueles que antes haviam tentado lhe tirar a vida. Devoto de “Santo Padim Pade Ciço Romão Batista”, como sempre dizia, Zeca Diabo não tinha instrução, mas ao ver a oportunidade de aprender a ler e escrever, com a ajuda de Dorotéia Cajazeira (Ida Gomes), ele se dedica e agarra a chance com unhas e dentes. Na trama de Dias Gomes, Dorotéia é uma das poucas pessoas que consegue perceber o lado generoso do bandido e acaba se apaixonando por ele.

Nenhum comentário: