Dante e Oliver estão no palco conversando sobre a nova peça que Dante irá montar.
“A estória é motivada pela maldade, ou os próprios personagens são apenas personagens do mal?”, pergunta Dante.
“Sim, o escocês é do mal. Tanto ele quanto o Banquo encontram as bruxas, elas preveem o futuro dos dois, mas só escocês faz a matança. Você é bem tapado às vezes”, ironiza o amigo fantasma.
“Você quer dizer, Macbeth?”, diz Dante exageradamente.
Oliver diz para ele não pronunciar o nome do escocês para não arrumar confusão. Dante acha muito esquisito montar uma peça a qual ele não pode nem mesmo pronunciar o nome.
Nesse momento chega Nadine Pérola, a mulher que vai dirigir Romeu e Julieta.
“Nadine, seja bem-vinda”, cumprimenta Dante.
“Me disseram que você anda virando a noite. Acabei de chegar de Berlim, o Oswald Thomas estava lá, que sujeito cansativo!”, resmunga ela e depois continua: “Você vai montar Macbeth? Ai não, eu falei! Isso dá azar?”, indaga ela receosa.
Ela dá um pulinho para subir no palco e se aproximar de Dante, mas ela perde o equilíbrio e cai em cima das cadeiras. Ouve-se um forte barulho e ela fica contorcida no chão em silêncio.
“E no mínimo irônico. Admita”, diz Oliver para Dante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário