
“No escritório do meu pai, padre. É um relatório da companhia de seguros sobre a explosão da mina”, explica a veterinária, que emenda: “Vou ler a conclusão: ‘Levando-se em consideração que não foram encontradas provas de ter sido o sinistro provocado, cumpra-se o previsto na apólice indenizando o beneficiário Max Martinez por todos os prejuízos causados pela explosão da mina de cristal ora segurada’.”.
Manuela tira sua conclusão: “Se a seguradora pagou aquela fortuna para o meu pai, por falta de provas de que a explosão foi criminosa, ninguém vai conseguir, a essa altura, incriminar o seu Max por conta dessa história!”.
Padre Emílio acrescenta: “Por outro lado, se ele teve a preocupação de guardar esse relatório, e tão bem guardado, de certo é porque pretendia usá-lo caso alguém tentasse questionar, no futuro, a inocência dele”.
O religioso enxuga as mãos e pede que a amiga se sente à mesa. Ele a olha no fundo dos olhos e pergunta: “Me diz uma coisa: você está mesmo disposta a ir até o fim nisso? A provar quem é o teu pai e fazer com que ele...”. Mas Manuela não o deixa terminar e completa, com firmeza: “Pague, perante a justiça, por tudo o que ele fez de errado no passado! Não tem mais volta, padre! Ele é meu pai, mas não pode continuar agindo dessa forma, cometendo todo tipo de arbitrariedade!".
Querendo ajudar, Padre Emílio tira da manga um segredo que a deixa curiosíssima: “Mas se você está mesmo convencida de todas essas culpas do seu pai... tem um outro papel que pode, sim, servir – se não como prova, ao menos como um forte indício: de que foi ele quem explodiu a mina”.
Manuela toma um susto. Para ela, um documento tão comprometedor como esse já deveria ter sido destruído pelo seu próprio pai. A loira pergunta que papel seria esse. O padre responde: “Uma carta que ele escreveu para Antoninha, pouco antes da explosão, afirmando que muito em breve ficaria rico”.
Ela fica querendo saber se a carta ainda existe mesmo, e ele responde: “Não se sabe. Agora, se minha amiga Antoninha não destruiu essa carta... ela só pode estar lá, na estância. Guardada em algum lugar, esperando para ser encontrada...”.
Não deixe de assistir à cena, que vai ao ar na terça, dia 1/3.
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