domingo, 22 de agosto de 2010

José Wilker: 'É preconceito fixar a capacidade de produção pela idade '

É difícil bater um papo com José Wilker e ficar sem assunto. Cinema, literatura, televisão, casos divertidos de bastidores - o ator (e diretor, autor, apresentador...) é uma fonte inesgotável de boa conversa. A nossa proposta era bater um papo por conta do aniversário dele, comemorado no último dia 20 de agosto. Ele acha esse papo de idade uma bobagem, como você pode ver no título desta entrevista, e acabou enveredando a conversa para assuntos bem mais instigantes. Desde planos futuros - como o filme estrelado pelo Giovanni Improtta de Senhora do Destino - a casos engraçadíssimos de bastidores, como quando um personagem dele invadiu a cena em um programa ao vivo, na TV Tupi, e "matou" a espadadas o restante do elenco que estava desconcentrado com o bigode do rei, que havia descolado parcialmente da boca. Ao chegar na casa do ator, no Rio de Janeiro, para entrevistá-lo, as enormes pilhas de livros espalhadas pela sala chamaram atenção. Ele reparou nossa observação e começou o papo antes mesmo da primeira pergunta.

José Wilker - Eu tenho mais de 10 mil livros. As pessoas ficam falando de filmes [que ele possui], videoteca, mas tenho muito mais livro do que vídeo. Se bem que eu tenho uns 8 mil filmes, basicamente em DVD, porque minha coleção de [fitas] VHS, eu doei. Eu vendi uma parte, doei outra. E a [coleção] de vídeo laser, eu doei para a [escola de cinema] Darcy Ribeiro. Mais de cinco mil títulos. A videoteca deles foi doada por mim: doei os lasers, doei o equipamento para tocar e um monitor.

"Durante quase dois anos fiz teatro na rua, no canavial, em frente a igreja, em carroceria de caminhão"

Começamos a conversa falando de cinema. Mas seu primeiro envolvimento como ator foi no teatro.

Wilker -
Foi o teatro, mas na escola. O primeiro contato profissional, por incrível que pareça, foi com a televisão, em Recife. Porque eu queria um emprego, descobri que a televisão estava convocando pessoas para trabalhar como locutor, resolvi fazer o teste, mas fui reprovado. Tinha 13 anos e falava fino e grosso [brinca alterando o tom de voz]. O cara que me aplicou o teste sugeriu para mim, meio de brincadeira: “Tem vaga para ator”. Aí eu peguei a vaga para ator. A TV Tupi estava inaugurando em Recife. Existia há algum tempo, mas essa programação local era recente. Neste intervalo conheci um pessoal que estava começando a trabalhar em uma espécie de teatro que era esquisito, porque, inicialmente, o que a gente tinha que fazer era ilustrar as aulas de alfabetização de adultos do Paulo Freire, que eram dadas via rádio, e, portanto, eram difíceis de se acompanhar. Você imagina: 25, 30 adultos em uma sala qualquer, improvisada, ouvindo rádio. Então, a gente, ao final de cada aula, encenava peças que ilustravam o que tinha sido dito pelo rádio. E daí, a gente partiu para fazer teatro na rua, teatro de agitação em propaganda, porque era uma coisa muito ligada à administração do [Miguel] Arraes e a eventual e posterior candidatura dele ao governo do estado [de Pernambuco] e assim por diante. E a gente acabou em uma coisa que se chamou MCP, que era Movimento de Cultura Popular, que foi, digamos assim, o que gerou o CPC [Centro de Cultura Popular] da UNE aqui no Rio e assim por diante. Durante quase dois anos fiz teatro na rua, teatro no canavial, teatro em frente a igreja, teatro em carroceria de caminhão. Até, finalmente, ir para o palco. Só fui para a televisão em 1971, e comecei a trabalhar com teatro em 1962.

Neste intervalo também, em 1965, você fez seu primeiro filme, não é?

Wilker -
Em 1962 eu vim ao Rio para estudar cinema com um diretor sueco chamado Arne Sucksdorff. Esse cara encantou-se com o país e viveu aqui até a morte, depois do curso. Um curso que todo mundo fez. Joaquim Pedro, [Arnaldo] Jabor, todo mundo que estava começando com cinema fez. E eu voltei a Recife no final de 1963 para fazer cinema e cheguei a trabalhar com o [Eduardo] Coutinho no “Cabra Marcado para Morrer”, quando ainda era ficção. “Cabra Marcado” na origem era uma adaptação do poema do [Ferreira] Goulart que era inspirado no João Pedro Teixeira, que foi o primeiro camponês a criar uma liga camponesa em Sapé, na Paraíba. Minha inclinação era trabalhar em cinema e nem mesmo como ator. Queria trabalhar na área técnica: em roteiro, fotografia, câmera, direção. E o que eu fiz nessa época foi mais ou menos isso, eu dirigi dois curtas que, infelizmente, queimaram em um incêndio que houve em um laboratório na Cinelândia [Centro do Rio de Janeiro]. Quando saí de Recife, em 1964, depois do Golpe, meus poucos contatos eram com o pessoal que eu conheci na época do curso. Então, eu fiz dois curtas: um era do Haroldo Marinho Barbosa, que se chamava “Eu sou a vida, eu não sou a morte”. Éramos era Renato Machado, eu e Tetê Medina no elenco.

Você atuou com o Renato Machado?
Wilker - Eu conheci o Renato [que hoje apresenta o Bom Dia Brasil] como ator, em um grupo de teatro de vanguarda. [Continuando] Fiz o curta com o Haroldo e um outro curta chamado “Paixão”, do Sérgio Santeiro. Depois fui fazer assistência de continuidade em “A Falecida” (1965) do Leon [Hirszman] e eu acabei entrando como ator em uma cena. A cena era o enterro da falecida e não tinha grana, a gente tentou fazer aquela sequência várias vezes e sempre chovia. Cada vez que chovia, o Billy Davis, que era o produtor, dispensava a figuração contratada e tinha que pagá-los. Acho que na quarta ou quinta vez que marcou esta filmagem, o Billy falou: “Ó, figuração somos nós. Eu não tenho mais dinheiro para pagar figurante”. Então, a figuração do enterro era a equipe do filme [risos].

Sua carreira de ator profissional começou pelo cinema. Quando partiu para outros meios?

Wilker -
Eu percebi que, ao menos para mim, no cinema as oportunidades que estavam surgindo nesta época eram muito ruins. Para começo de conversa, o cinema não pagava. Para você ter uma ideia, por exemplo, teve um filme que me custou mais em passagens de Botafogo à Usina do que o cachê que eu teria a receber. O universo do cinema não me oferecia de imediato nenhuma chance de sobrevivência digna. Embora eu gostasse muito, fosse amigo das pessoas. Do ponto de vista econômico era muito mais tranquilo fazer teatro. A gente era pago, fazia as peças. Fiquei de 1966 até 1971 mais ligado ao teatro, fazendo uma peça depois da outra. Não fiquei nenhum dia desempregado neste período. Só voltei a fazer cinema, depois deste intervalo com teatro, com o Joaquim Pedro [de Andrade], em “Os Inconfidentes”, que me chamou para fazer porque tinha me visto no teatro. Desde então, eu tive uma carreira de cinema que soma 58 filmes. O que é gozado é que, depois de 58 filmes, só agora eu vou fazer um como diretor.

E você já poderia divulgar alguma coisa?
Wilker - Vou fazer o Giovanni Improtta [personagem que Wilker imortalizou na TV em Senhora do Destino], é um projeto que já está rolando há três anos. A gente vai rodar em outubro, por aí...

Você vai levar para o cinema a história de Senhora do Destino?
Wilker - Não tem absolutamente qualquer referência à novela além da personagem. Eu propus ao Aguinaldo [Silva] comprar a personagem e, a partir dela, a gente escrever o roteiro, com o argumento do Cacá Diegues e meu. O roteiro é da minha filha, Mariana, e do Rafael Dragaud.
O Giovani tinham bordões que caíam na boca do povo.

Como é a repercussão com o público nestes casos de sucesso?

Wilker - O Giovanni teve uma coisa que é o melhor que pode acontecer para uma personagem de novela: é o público se apropriar dela. Na medida em que ele se apropria, ele te ensina a fazer. Um bom percentual do que o Giovanni falou na novela eu aprendi do trajeto da minha casa ao Projac, ouvindo as pessoas no sinal. Os caras dos malabares do sinal, os caras que vendiam chiclete, maçã... Eu ando de janela aberta no Rio porque eu me recuso a aceitar essa paranoia de que você será assaltado. Logo que a novela entrou no ar, eu estava parado no sinal, perto do Barrashopping, abri a janela para comprar um troço que um cara estava vendendo, um cara que eu conheço desde que o Projac existe. Ele faz ponto lá. Aí, a gente ficou conversando enquanto o sinal não abria, e falou assim: “Ah, vi a novela ontem e tinha uma coisa que eu achava legal você falar”. E me disse uma frase. E eu usei. Duas, três semanas depois, em todos os sinais onde eu parava, do caminho da minha casa até o Projac, eu sempre ouvia do pessoal, dos malabares, dos vendedores, sugestões de linguagem, de frases. Eu fui incorporando todas elas. E foi legal porque foi um jogo estabelecido entre o Aguinaldo e eu. A cada vez que eu trazia uma frase dessas, ele tinha outra tão boa ou melhor. Novela tem essa coisa que você vive, que você está no dia a dia inventando a novela. Giovanni foi criado por ali. E ele foi um personagem extremamente popular. Eu apostei no Giovanni porque na sinopse eram só duas linhas, achava que ia gravar pouco. Aí, por conta das invenções que foram surgindo, o personagem foi crescendo e foi ocupando um espaço que ele não tinha, eu acho. Ou talvez tivesse. Quem sou eu para decidir o que o Aguinaldo pensava ou não...

Como é esse lance de o público adotar um personagem como favorito?
Wilker - Quando você consegue na televisão que o espectador adote a personagem, que ele fique dono da personagem, aí é imbatível. Ele te ensina a fazer. Não é só você que está fazendo, você está fazendo junto com o público. É uma coisa que, em teatro, a gente vive sempre, mas que na televisão é raro de acontecer. Até porque, na televisão, o que está no ar hoje, eu já fiz há um mês, ou há uma semana.

Houve outro personagem que você se recorda que espertou reação semelhante no público?
Wilker - O Belarmino, do Renascer, o Demóstenes, do Fera Ferida, o Roque Santeiro tinha... [para de enumerar] Eu tive a sorte na televisão de ter feito personagens que, de alguma maneira, bateram na sensibilidade do espectador. E eu contaria nos dedos as novelas que fiz e que foram um equívoco. Mas essas eu nego que fiz [gargalhadas].

Seu primeiro trabalho aqui na Globo foi na década de 1970.

Wilker - Foi final de 70, começo de 71. Meu primeiro trabalho foi um caso especial chamado “Crime de Silêncio”, do Dias Gomes, que foi o cara que me levou para a televisão. Eu resistia muito à televisão. O teatro que eu fazia era absolutamente experimental. Via com a cara muito torta a TV. Para você ter uma ideia, a gente ensaiava uma peça três, quatro meses e estreava. E aí você chega na televisão, lê o texto uma vez, eventualmente decora, ensaia uma vez, ensaia mais uma vez com a câmera aberta e grava. É muito rápido tudo. Isso exige de você uma disposição diferente daquela que eu tinha com o teatro. De mais a mais, no teatro, eu fazia aquilo que escolhia fazer: Clarice Lispector, [Bertolt] Brecht, Plínio Marcos, Ariano Suassuna…

Rolava uma patrulha dos amigos do teatro por fazer TV?
Wilker - Nunca teve, até porque a maioria dos meus amigos fazia televisão. Eu não fazia porque eu dizia: “Eu não quero fazer isso". Porque eu acho que, como ator, tenho que dizer aquilo que eu quero dizer, aquilo que me toca fundo ao coração e à inteligência. Havia também na época um quadro político muito, digamos assim, dividido. Nós éramos contra ou a favor de algo, não tinha zona cinza, era tudo muito preto e branco. Eu estava fazendo uma peça do Bráulio Pedroso, o Dias Gomes me encontrou na saída - a peça era um fracasso - e me contou que estava escrevendo uma novela e que tinha um personagem. Eu já conhecia o Dias de "trocentos" anos, e ele havia escrito pensando em mim. E perguntou se eu gostaria de fazer. Eu falei, muito arrogantemente, que não tinha muito saco para televisão. Ele falou: vá lá e faça. A gente ia alugar o teatro para levantar dinheiro, seria um ano de intervalo que a gente ia ter que parar [com teatro], não tinha esse negócio de patrocínio que tem hoje.

Você acabou topando a proposta do Dias Gomes?
Wilker - O Dias me falou deste personagem e eu resolvi fazer. Achei muito engraçado porque, de repente, eu tinha que trabalhar com um público que eu não via. Eu via o público no estúdio, mas com um tipo de postura que me parecia vagamente semelhante ao cinema. Mas com características bem específicas. Ninguém foi me ensinar não. Fiquei olhando e vendo. Vi que a TV demandava um estilo, um jeito de representar diferente. Eu comecei a achar interessante trabalhar com aquilo.

Você estudou sociologia na Puc. Qual foi sua motivação?

Wilker - Fiz sociologia porque eu sou uma pessoa que até hoje não sabe se quer ser ator. Eu tenho crises e falo: “Ah, essa coisa não é a minha praia, não quero fazer mais isso”. Em 67, 68, essa crise ficou um pouco grave e eu resolvi que queria estudar. E como eu era uma pessoa, quero dizer, sou uma pessoa cuja leitura é muito desordenada, eu leio de tudo ao mesmo tempo, eu achei que a faculdade podia me disciplinar pra que pudesse escrever melhor. Quero mais isso. Eu escrevo teatro, estou escrevendo um livro agora. Quando você [aponta para o repórter] sair, vai chegar a pessoa que está me ajudando a escrevê-lo. O livro se chama “Este não é um livro sobre cinema”, a editora é Leya. Mas eu nem me formei [em sociologia] não, porque no último período eu enjoei. Mesmo que eu quisesse, eu não teria tempo, porque foi um período que eu fiquei trabalhando muito.

Você morava no Jardim Botânico quando a Globo não tinha o Projac? As gravações eram perto da sua casa, devia ser prático…
Wilker - Eu almoçava em casa. Porque a gente gravava, antigamente, de manhã e de tarde, gravava de oito da manhã ao meio dia, tinha almoço, e voltava às 13h. Eu gravava de manhã, subia [para casa], almoçava, ficava na piscina. Aí, quando me ligavam: “Ó, tá na hora”, eu descia. Eu ia para a Globo de sunga e, como não podia entrar de sunga, tinha sempre um camareiro na porta com uma calça minha, do personagem ou do acervo, que eu vestia e passava pela portaria [risos].

Wilker, você está fazendo 65 anos. Incomodam perguntas sobre a idade?
Wilker - Enche um pouco o saco, porque eu, na minha cabeça, devo ter 20 anos de idade. Tenho o mesmo tipo de furor que lembro de ter tido aos cronológicos 20 anos, tenho o mesmo tipo de dúvida, de inquietação, de seguranças e inseguranças. Acho, inclusive, ridículo este hábito que se instalou na imprensa de colocar entre parênteses o número [com a idade], que, eu sugiro, inclusive, que seja para jogar no bicho [risos]. Porque não acrescenta nada. E promove um certo tipo de preconceito que a gente herda dos americanos que fixa a capacidade de produção das pessoas pela idade cronológica dela.

O que te motiva hoje? O que você quer fazer?
Wilker - No momento, estou ensaiando quatro peças de teatro que eu pretendo fazer nos próximos 18, 20 meses. Amanhã [a conversa foi realizada no começo de agosto], filmo um curta. Estou escrevendo um livro sobre cinema, traduzindo dois livros sobre teatro. Vou dirigir, produzir e atuar no Giovanni Improtta. Estou trabalhando na produção e na apresentação de um programa sobre teatro que o Canal Brasil vai exibir. São 19 episódios. Está bom, não é? [risos]

Você chegou a presenciar algumas destas saias justas que rolavam na época da TV ao vivo, quando havia mais improvisos?
Wilker - Ah, quando eu fazia televisão em Recife, no começo, era ao vivo. Eu me lembro que fiz um espetáculo, “O Escorial”, de Ghelderode. São três personagens: é um jogral, um rei e um monge. Eu fazia o jogral, que era uma ponta. Estava no começo [da carreira]. E o rei usava um bigode postiço. Eu faço a minha curta cena, saio, e, logo em seguida, um pedaço do bigode do rei cai, descola. E ele começa a representar com a mão em cima de onde haveria um bigode que caiu [Wilker imita o rei falando com a mão tapando metade da boca]. E, por conta disso, os dois [atores] se perdem, fica um caos o programa. E o diretor falou assim: “Eles não vão conseguir. Faz uma coisa? Entra lá e mata os dois”. Aí eu entrei com uma espada, matei os dois e acabou o programa. E "O Escorial"? É um clássico da dramaturgia! Na TV Tupi a história acabou com o assassinato dos dois pelo jogral. Ninguém deve ter entendido porra nenhuma [gargalhadas].

Você trabalhou um tempo na Rio Filme, como diretor de programa de TV na Manchete e na Globo, você dirigiu novela…
Wilker - [Interrompe] Eu fiz tudo na Rede Globo de televisão. Eu escrevi, eu dirigi, produzi. São cinquenta e tantas novelas, mais os especiais, mais o Sai de Baixo, mais o Fantástico, mais uns projetos doidos.

E no cinema? Você concorda que, hoje, qualquer um que tenha uma câmera HD é capaz de fazer um filme?
Wilker - O problema da gente, aqui no Brasil, é um só: nós temos já um know how notável no que se refere à produção e uma deficiência monumental no que se refere às janelas, aos suportes de exibição desta produção. A gente hoje é um país que tem aí estocados, pelos menos, uns duzentos filmes, e ninguém viu. Aí fica um troço meio paradoxal. Você faz audiovisual, que é uma coisa para ser vista e ouvida, e ela é pouco vista e pouco ouvida. Nós vendíamos aqui no Brasil, há 30 anos, no total, pra todos os filmes, estrangeiros e brasileiros, cerca de 220 milhões de ingressos por ano. Hoje, nos anos muito bons, nós vendemos 90 milhões. O Rio de Janeiro fechou 172 salas de exibição nos últimos 30 anos. Nós não temos cinemas em todos os bairros da periferia do Rio de Janeiro. Onde há uma demanda por audiovisual não há oferta. A gente vive um momento bom, na medida em que a gente tornou fácil a produção a partir dos suportes que a ciência colocou à disposição da gente. Mas vive um momento lamentável, que é o de a gente ter produtos e não ter quem os consuma, ou como proporcionar às pessoas acesso ao consumo desses bens. Pra mim, no fim das contas, qualquer política que se venha a imaginar para ajudar esse setor da produção no Brasil passa pela instalação de equipamentos que promovam o acesso do espectador.

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