sexta-feira, 14 de maio de 2010

Rede Globo 45 anos: JK

JK foi uma minissérie brasileira de televisão exibida pela Rede Globo de 3 de janeiro a 24 de março de 2006, com 47 capítulos. Baseada na biografia do ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitschek. A minissérie foi escrita pela dramaturga Maria Adelaide Amaral, conhecida por se envolver em produções do gênero, e por Alcides Nogueira, além de Geraldo Carneiro, com a colaboração de Letícia Mey e Rodrigo Arantes do Amaral.

Dirigida por Dennis Carvalho, Amora Mautner, Vinícius Coimbra, Maria de Médicis e Cristiano Marques, o drama procura aliar aos fatos históricos um enredo e personagens fictícios, envolvendo diferentes núclos dramáticos com características típicas das novelas exibidas pela mesma emissora.

Foram os últimos trabalhos dos atores Ariclê Perez, falecida em 26 de março de 2006, (dois dias após o capítulo final da minissérie) e de Raul Cortez, falecido em 18 de julho de 2006, que fez uma participação vivendo o Ministro da Fazenda de Getúlio Vargas, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada.

Trama

A minissérie é dividida em duas fases e acompanha a vida de Juscelino Kubitschek desde a infância, sendo que no primeiro episódio é retratada a morte de seu pai, João César Oliveira, quando ele ainda era um garoto. Logo, porém, a minissérie avança para a vida adulta de Juscelino que, tendo se formado em Medicina e se casado com uma jovem aristocrata, passa a participar da vida política de Belo Horizonte e Minas Gerais. Grande parte do apelo dramático da minissérie se encontra, durante este momento, na tensão entre o desejo reprimido de Juscelino em lançar-se à vida pública e sua relação com a esposa, Sarah, que não deseja que o marido se torne político como seu pai. Esta tensão gerou um conflito que perdurou durante praticamente toda a primeira fase da minissérie. Na segunda fase, estando a família Kubitschek já acostumada à vida pública de Juscelino, focaliza-se a ascensão política de Juscelino e, segundo previsões, o desafio enfrentado por ele para chegar à presidência (enfrentando tentativas de golpe) e a construção daquele que seria seu maior e mais criticado empreendimento, a cidade de Brasília.

Um dos pontos mais polêmicos da produção, porém, segundo algumas das críticas publicadas pela imprensa, foi o da inclusão de todo um conjunto de personagens fictícios que, segundo a minissérie, possuiria relações familiares com o protagonista, Kubitschek. Este conjunto de personagens criou um segundo núcleo dramático à minissérie, sendo muitas vezes mais focalizado que o núcleo principal durante diversos episódios e que contribui para atribuir um tom relativamente folhetinesco à produção, que do contrário ficaria restrita aos acontecimentos pretensamente históricos.

Ambiente

Além do estúdio, no Projac, foram gravadas cenas em ambientes externos. Durante 32 dias foram gravadas 140 cenas em Tiradentes, onde segundo o diretor Dennis Carvalho, parecia uma cidade cenográfica pois os habitantes da cidade já se acostumaram com o elenco, e quando foram embora até sentiriam falta. Algumas das cenas, principalmente as do primeiro capítulo, na cidade natal de Juscelino, a famosa Diamantina, nas ruas do centro histórico de Santos, e também em Belo Horizonte. A fazenda do Coronel Licurgo também é um ambiente externo.

Para reproduzir Brasília em um cerca de um mês tiveram que usar muita computação gráfica. Na cena da comemoração da posse, na Avenida Rio Branco, com multidão e muitos carros, que vai ao ar na estreia, também foi usada computação.

Danças

Juscelino sempre teve fama de pé-de-valsa e por isso muitos dos atores tiveram aulas de dança para se adaptar as danças da época. As aulas de dança aconteceram com o professor, bailarino e coreógrafo Jaime Arôxa. O professor ficou satisfeito com o resultado. Entre os que atores que tiveram que aprender a dançar estão os que interpretam JK, Sarah, Salomé, Naná, Amália, Leonardo Faria, Zinque, entre outros. Entre os estilos da época que aparecem na minissérie estão a valsa, o tango, o cake walk, e o maxixe.

Rede Globo 45 anos, o que é bom é pra se recordar!

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