sábado, 12 de dezembro de 2009

Globo Universidade mostra projeto direcionado à terceira idade, sábado, 12

Na edição do próximo sábado, dia 12, o Globo Universidade está em Uberaba, Minas Gerais, para conhecer a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), instituição que, em 2008, conquistou a sexta posição no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O repórter André Curvello vai acompanhar as aulas direcionadas à terceira idade – um projeto para quem passou dos 60 anos e volta à classe não só para aprender, mas também para ensinar. Enquanto isso, a repórter Bianca Rothier vai ao Hospital Escola para acompanhar alunos de cursos como Medicina e Enfermagem que participam de um projeto de humanização na saúde. Estes futuros profissionais apostam que a alegria pode ser um ótimo remédio para todos os pacientes.

Um grupo de professores das mais diversas áreas da UFTM concebeu o programa Universidade Aberta à Terceira Idade, que reúne pessoas com mais de 60 anos e as coloca em movimento, além de investir em ações de educação continuada. A ideia, segundo a professora Lislei Patrizzi, coordenadora do projeto, é promover a saúde física e mental do idoso, e também incentivar a visão dele como uma figura importante na sociedade.

- Nosso principal objetivo é a atenção integral ao idoso. Não temos o objetivo exclusivo de prática de atividade física, mas o de estimular o idoso para o raciocínio com a educação continuada, com a atualização de conhecimentos - diz Lislei.

Com aulas de Informática, Fisioterapia, História, Educação Física, os professores querem garantir o livre acesso do idoso à universidade. Nas aulas de História, a proposta é exercitar a memória, estimulando os alunos a trazerem à tona lembranças do seu passado.

- Ao rememorar, ao trazer à lembrança perdas e também ganhos, esses sujeitos se sentem mais valorizados, se sentem principalmente parte da história. Mas o nosso objetivo que, inicialmente, foi o de buscar como fonte esses depoimentos, se alargou porque nós percebemos que isso traz um bem a mais: não só o conhecimento a esses alunos que estão iniciando na pesquisa histórica, como também um bem espiritual - explica a professora Sandra Mara Dantas.

Outra parte importante do projeto consiste em aproveitar o talento dos próprios alunos. Na aula de Livre Expressão de Potencialidades, o aluno vira professor e ensina aos colegas parte da sabedoria acumulada ao longo da vida.

Projeto ajuda a melhorar ambiente no hospital

O ambiente hospitalar é conhecido pela frieza e distância nas relações. Para o paciente, estar doente já é difícil, pior ainda é ter que enfrentar a solidão da internação e tentar se recuperar distante da família e dos amigos. Para amenizar esta situação, 30 alunos se reuniram sob a coordenação da professora Ana Lucia Simões, coordenadora do curso de Enfermagem da UFTM, para formar a Liga Acadêmica de Humanização Sarakura. Os alunos vêm de diversas áreas, como Medicina, Biomedicina, Terapia Ocupacional, Fisioterapia e Enfermagem. O grupo tem cinco anos de vida e faz ações no Hospital Escola, percorrendo as enfermarias vestido de palhaços, enquanto cantam, contam histórias e fazem brincadeiras. O interessante é que eles atendem todo o público do hospital, desde as crianças até adultos e idosos.

- Os alunos passam por um treinamento. Ao longo de um ano, ele têm aulas que envolvem artes cênicas, música, contação de histórias, dobraduras, além de conteúdos teóricos sobre a humanização na saúde. A gente gosta sempre de enfatizar que a brincadeira acaba sendo um recurso terapêutico, mas que, no entanto, o trabalho vai muito além. Há uma intenção de trabalhar questões da promoção em saúde, através do lúdico levar o conhecimento e a educação para as pessoas - destaca Ana Lucia.

De acordo com a professora, todos saem ganhando com o projeto: os pacientes passam a se sentir melhores com as atividades realizadas e os alunos experimentam uma visão mais humana do trabalho no setor de saúde.

Quadro aborda condições de vida em regiões inóspitas

No quadro Fora de Série, vamos mostrar a parceria entre a pesquisadora do Instituto de Biofísica da UFRJ Claudia Lage com o professor da Pontifícia Universidade Católica do Chile Armando Azua. Juntos, eles procuram desvendar o mistério da vida em condições inóspitas. Para investigar, por exemplo, a vida no planeta Marte, o grupo está recorrendo ao deserto do Atacama. Este tipo de estudo pode ajudar a pensar em viagens interplanetárias num futuro não tão distante. Vinícius de Andrade Pereira, diretor do Pan Media Lab da ESPM-RJ, é o destaque do Mérito Acadêmico.

Ele fala sobre um estudo que desenvolveu a respeito da comunicação multissensorial e de como os vários sentidos do corpo humano podem ser estimulados para impulsionar as escolhas na hora de uma compra. No quadro Eu Amo meu Trabalho, vamos conhecer as atribuições de um profissional formado em Análises Contábeis.

O Globo Universidade, exibido aos sábados, às 7h15, na Rede Globo, leva ao ar reportagens sobre ensino, pesquisa e projetos científicos realizados no meio acadêmico. As edições também estão disponíveis na íntegra no site do Globo Universidade.

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