sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Reveja a cobertura completa da escolha do Rio como sede dos Jogos de 2016

O Rio de Janeiro conquistou, nesta sexta, o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, numa cerimônia que durou mais de dez horas. Mas a eleição propriamente dita foi rápida. E o fim, apoteótico.

Um aplauso fraquinho não é o melhor incentivo para começar o dia. Faltam mãos para aplaudir o Brasil porque todos os olhos estão voltados para o homem mais poderoso do mundo.

O presidente dos Estados Unidos foi passar 5 horas em Copenhague. E, se era para vir de tão longe, poderia ter caprichado mais.O discurso olímpico de Obama não mereceu medalha.

"O mundo vai se orgulhar de Chicago", ele disse, mas não conseguiu explicar bem por quê.

Será que os japoneses conquistam os aplausos que Obama não ganhou? Eles apostam em jogos verdes, com o sorriso amarelo de uma alegria fora de lugar. O discurso karaokê também não convence. Vai ganhar quem falar com o coração.

E lá vem o povo do Brasil que traz um brilho nos olhos e um argumento incontestável no mapa: o vazio na América do Sul é uma mancha que o Comitê Olímpico tem a chance de apagar.

“O desafio agora é outro. Expandir as olimpíadas para novos continentes. É hora de acender a pira olímpica em um país tropical. Na mais linda e maravilhosa cidade: o Rio de Janeiro”, disse Lula.

E se alguém duvida do talento do Brasil, tem logo a resposta de um brasileiro genial: o diretor Fernando Meirelles filmou o futuro do Rio em 2016.

A apresentação do Brasil arrancou lágrimas da platéia: “E não é para chorar? Vamos torcer agora”, disse o tenista Guga.

Pelé, ainda com os olhos marejados, uma hora e meia depois. “Emociona, já vou chorar, vou parar”, disse ele.

Os próximos sete anos vão ser decididos em um apertar de botões. Agora é esperar para ver se os rigorosos membros do COI também têm coração.

Coragem não lhes falta para mudar a história. A primeira cidade eliminada é Chicago. Ainda bem que Obama já voltou para casa.

Depois da grande surpresa, uma tristeza mais previsível. A esperança dos japoneses não resiste à segunda votação.

Rio contra Madrid. A decisão é rápida. Mas é preciso esperar mais de uma hora pela divulgação.

Uma hora de contas, de especulação. O presidente Lula, que tinha ido para o hotel, volta para ver o anúncio de perto. Esperança e medo convivem lado a lado. O som do envelope rasga o silêncio de duas cidades que prendem a respiração. E a voz do presidente Jacques Rogge vai nos acompanhar pelo resto de nossas vidas.

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