O novo encontro entre Marcos e Helena é casual, assim como o primeiro, mas não menos romântico. Encontram-se à beira-mar – sempre o mar como testemunha. Helena chorava, pensava na vida. Marcos percebe e é extremamente delicado. Os dois passeiam, conversam, riem, mas logo interrompem esse momento agradável. Helena tem de enfrentar uma reunião familiar tempestuosa. O assunto: Sandrinha. Antes, porém, combinam um jantar naquela mesma noite. Segundo Marcos, uma compensação pelo almoço que não chegou a acontecer e terminou em confusão.O jantar há de ser num lugar especialíssimo, garante Marcos. Ele tem a ideia num rompante, quando Helena diz que sabe pilotar lanchas. Vai ser em alto-mar – mais há de ser surpresa para ela.
A surpresa
Marcos apanha Helena em casa e a leva de carro. Chegam ao píer. Cavalheiro, Marcos abre a porta, estende a mão, mas não responde as perguntas dela. Em vez disso, a leva até uma lancha e, conduzidos por um marinheiro, dali seguem mar adentro, na escuridão total. Súbito, sob o comando de uma lanterna, a surpresa: as luzes de um fabuloso restaurante flutuante se acendem. Na verdade, é um iate, o Luciana – uma ironia, ainda que não proposital –, de propriedade de Marcos. Mais cedo, ele mandara que o preparassem especialmente pra aquela noite. Imaginava o efeito que cauraria. E estava certo.
Nos olhos de Helena, encanto e deslumbramento: “Você sabe impressionar uma mulher”. Sim, Marcos sabe. São recebidos com champanhe. A noite está apenas começando para eles.
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