
Na favela
Ouvimos gritos aflitos. Há uma perseguição policial em curso. Sandra e seu parceiro Benê são o alvo dos policiais. Correm lado a lado, triscam a madeira dos barracos, espremidos pelos becos, vielas. Suam e têm o medo estampado nos rostos, mas sabem por onde ir, mais que os fardados. Sandra, no entanto, não tem tanta agilidade, nem coragem suficiente para encarar desafios arriscados. Então, empaca quando a única alternativa é saltar de um muro. “Vamos, Sandrinha, vamos”, grita Benê. É um último apelo. Sandra hesita, tem medo de se machucar. Pula ou não?
O segundo que perde é suficiente para os policiais. Benê escapa, mas os homens conseguem segurar Sandrinha. Ela reage, tenta fugir, mas é contida com violência. Além de fazê-la parar, a surra que leva – ela sabe – é uma forma de vingança. Por isso precisa fugir. Sandra é posta numa viatura, mas… Um descuido dos policiais e ela consegue escapar. Benê aparece pra ajudar e, de longe, desvia a atenção para si. Recomeça a correria. Uma correria que, pelo jeito, não vai parar nunca.
Em Búzios, Helena vai saber de tudo mais tarde, quando Sandrinha for pra casa da irmã para se esconder. Ellen, com quem Helena divide o apartamento, liga pra avisar e, por pouco, Sandra não estraga a festa da irmã em Búzios.
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