quarta-feira, 3 de junho de 2009

Maria Paula, há 15 anos no Casseta e Planeta:'Sou uma garota de sorte'

A relação de Maria Paula com os Cassetas começou quando ela, até então apresentadora do programa Radical Chic, posou para a capa da revista do Casseta e Planeta abraçada a uma galinha preta. Com a foto hilária, veio o convite para participar do programa e Maria Paula não pensou duas vezes antes de aceitar. A partir daí, se construiu um casamento feliz de 15 anos entre os humoristas e a Dona Casseta, apelido que Maria Paula ganhou do público por causa do humorístico exibido às terças-feiras, após Caminho das Índias, na Rede Globo.

- Eu comecei com uma participação pequena em um programa que estava começando e agora eu tenho uma participação enorme em um programa que bomba muito. Foi uma boa aposta. Eu sou uma garota de sorte - conta.

Uma família

Ao definir esses 15 anos de parceria, Maria Paula ressalta que a alegria e a união entre o grupo faz toda a diferença. No início, ser a única garota no meio dos meninos foi, até certo ponto, um choque, mas depois ela logo entrou no clima das brincadeiras:

- Eles brincavam muito comigo e eu ficava completamente desconsertada. As mudanças foram acontecendo gradualmente, eu fui me entrosando com o grupo e participando cada vez mais. Hoje, um levanta e o outro corta. A gente se ama. Eu sou madrinha do filho do Helio, a gente viaja junto nas férias, passa Ano Novo juntos, viajamos nos feriados. Acho que é por isso que dá certo, existe essa química verdadeira.

Momentos marcantes

Se a união é tão forte na família Casseta, é impossível lembrar dos momentos marcantes sem mencionar o humorista Bussunda:

- Quando estávamos viajando para divulgar o nosso primeiro filme, eu estava grávida e ainda não tinha contado para ninguém. Nas viagens, eu passava mal e o Bussunda vinha me ajudar no banheiro do avião. Era realmente demais. Essas cenas me marcaram muito. A morte do Bussunda foi uma tragédia para todo mundo. Meu segundo filho nasceu no dia do aniversário do Bussunda. Vou comemorar o aniversário dele para sempre.

As paródias

Quem não lembra das imitações de Maria Paula como as personagens da atriz Deborah Secco, por exemplo? Ela conta que até assiste muitas vezes cenas da personagem que vai ser parodiada, mas que o trunfo é pegar sempre o detalhe que chama mais atenção na primeira impressão:

- Tenho uma coisa muito intuitiva, vejo o que me chama a atenção no primeiro olhar e aí vou trabalhar em cima disso e fazer uma caricatura. Minhas imitações da Deborah Secco, com aquele leve estrabismo, fazem muito sucesso. Atualmente meu xodó é a Esquisitônia de Com a Minha nas Índias, que é a paródia da personagem da Marjorie Estiano. Estou curtindo fazer a Michelle Obama também. As pessoas comentam à beça na rua. Ela tem um andar meio duro que eu peguei e que fica engraçado no vídeo. Uso sempre um detalhe que aumento bastante e acaba ficando engraçado.

O público

Maria Paula conta que a relação com o público é algo muito forte e que muitas vezes é chamada de Dona Casseta nas ruas:

-Nosso programa é um companheiro para o público tanto nas horas boas quanto nas horas ruins. As pessoas conversam comigo e me contam que estão passando por um momento difícil, mas que na hora do Casseta e Planeta conseguem dar risada. O programa é muito presente na vida das pessoas. O público foi me identificando muito com o Casseta. Com o passar dos anos, nossa imagem ficou completamente unida. Na rua, me chamam de Dona Casseta. Minha relação com o público é um capítulo especial da minha vida, porque é uma relação muito amorosa.

O segredo

Se o segredo da conviência é a mistura entre união e alegria, qual seria o segredo para o sucesso de um programa de humor? Para Maria Paula, um bom texto faz a diferença na hora de garantir a longevidade:

- O grande sucesso é por causa do texto. É um texto muito inteligente, engraçado e sempre de olho no que está acontecendo. Acho que o Casseta e Planeta tem uma coisa muito quente que agrada as pessoas. A piada já vem pronta, dou a sorte de trabalhar com um texto top de linha. Essa é a grande dificuldade do humor: manter um texto de nível. Mas isso, os meninos conseguem fazer muito bem.

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