
- Eu acho que é uma oportunidade bem especial para mim como atriz poder mostrar os bastidores da nossa profissão, as angústias, as vaidades, as brigas, as inseguranças, os desejos. Foi um barato! - conta Andréa Beltrão.
A minissérie começa mostrando os rumos que as vidas de três amigos tomaram depois de um incidente durante uma montagem elogiadíssima de "Hamlet". Dante (Felipe Camargo), que fazia o papel principal, surta e sai no meio da cena do enterro de Ofélia, personagem de Elen (Andréa Beltrão). Os dois atores viviam uma história de amor mas Dante (Felipe Camargo) some por sete anos deixando a direção artística da companhia nas mãos de Oliveira (Pedro Paulo Rangel).
Mas o destino trama para unir todos novamente. Oliveira (Pedro Paulo Rangel) morre e reaparece em espírito, logo no primeiro capítulo, para Dante (Felipe Camargo), que é convidado a assumir a direção artística da companhia. Não é preciso nem dizer que Elen (Andréa Beltrão) é quem mais fica atormentada com a sua chegada. Ela está passando por um momento de transição, está em um momento da carreira em que se despede dos papéis de princesas e começa a encarar as rainhas, o que a deixa insegura.
- Ela é super temperamental e está sofrendo por que já não fará Ofélia, não fará mais nenhuma mocinha. Ela agora está para Gertrudes, está em outro patamar. E o pânico dela é que ela vai ser a ama daqui a alguns anos. Mas isso é normal, é da nossa vida. Ela fica se debatendo e eu acho que todo mundo passa por isso - conta a atriz.
"Eu me senti em casa. A não ser nas cenas de Shakespeare, que eram um desespero"
Familiarizada com a rotina do teatro, Andréa diz ter se divertido tanto nas filmagens que às vezes até esquecia que estava atuando. A não ser, claro, quando encarava um dos monólogos de Shakespeare.
- A minissérie é muito fiel à rotina dos atores. Claro que tem um brilho a mais, uma purpurina a mais. Mas foi um barato gravar por que, às vezes, parecia que eu estava no meu teatro, batendo naquela porta, reclamando com aquela roupa. Eu me senti absolutamente em casa. Poucas vezes eu fiz um trabalho onde eu não tinha que fazer esforço nenhum. A não ser nas cenas de Shakespeare, que eram um desespero. Por que pegar um monólogo dele para fazer é uma coisa extenuante e dificílima. Cada linha tem oitenta mil coisas para serem ditas e entendidas e imagens que você tem que criar. É complicado mas valeu a pena demais - entrega Andréa.
Elenco e diretor são só elogios para o trabalho e mostram sintonia
Uma prova de que o esforço deve ter mesmo valido a pena são os elogios do produtor e diretor Fernando Meirelles para a atuação de Andréa justamente no papel de uma das personagens de Shakespeare.
- A Lady Macbeth da Andréa é uma maravilha! É uma maravilha poder brincar de dirigir. Ainda mais nesse teatro, nesse palco, com esses atores. Foi uma brincadeira das melhores - disse Fernando Meirelles.
A alegria parece ser recíproca uma vez que Andréa também não poupa elogios para Fernando Meirelles e sua equipe.
- O Fernando e toda a equipe de diretores e de criação são mega preparados. Então, quando você tem a oportunidade de trabalhar com uma pessoa tão preparada que consegue te dar uma liberdade quase que total, fica muito gostoso trabalhar - elogia a atriz.
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